
O primeiro Uncharted foi a prova da chegada da nova geração. Até ali poucos jogos tinham gráficos tão detalhados, ambientes renderizados com velocidade assutadora e uma captura de movimentos que viraria padrão para grandes produções. Ao apostar no roteiro do jogo a Naughty Dog dá um grande passo para fazer um bom jogo. Na pele do "explorador" ou "caçador de tesouros", Nathan Drake, você numa jornada em busca da cidade de El Dorado nos confis da Floresta Amazônica. Como disse, a história é a responsável pela imersão do jogador no jogo. Os personagens muito bem construídos também contribuem. Sullivan, Helen, Drake e todos os outros que aparecem durante a aventura cumprem seu papel de forma admirável. Lógico que trama segue o clichê das aventuras do cinema americano, mas quem não se diverte?
Mas como nem só de roteiro vive um jogo, vamos aos gráficos. Nesse quesito Uncharted atinge a excelência. Convenhamos que é um um dos primeiros jogos da geração, mas é mais belo que muitos outros lançados hoje. Além de toda a captura de movimentos ser ótima, a sincronia labial muito boa e os personagens terem inúmeras animações, o destaque vai mesmo para os cenários. A floresta parece ter vida. Sem dúvida é a floresta, ou provavelmente um dos cenários mais bonitos que eu já vi nos videogames. Tudo foi produzido com muito esmero. AS roupas molhadas de DRake, as plantas balançando na floresta e o incrível realismo da água. É o jogo que reproduziu a água de modo mais perfeito. Nunca havia visto algo tão próximo da realidade. Nota 10.
Mas como nem tudo são flores, o jogo tem alguns defeitos. E a maioria deles é na jogabilidade. O sistema de tiro é baseado no consagrado Gears of War. Tudo, desde a cobertura até a mira. O problema é como esse sistema foi executado. Não raro, você atira na cabeça de um inimigo e ele continua lá, em pé e serelepe como se nada tivesse acontecido. Os movimentos da maioria deles são repetitivos e rapidamente você consegue antecipar a ação de cada um. O combate corpo a corpo também não é bem polido. A impressão que dá é que eles não tiveram tempo de moldar de maneira satisfatória os elementos de luta no jogo. A verdade é que você torce para os tiroteios e lutas acabarem rapidamente, para assim voltarmos aos elemtos de plataforma e puzzles no restante do jogo. A maior parte do jogo é feita de lutas e tiroteios. A melhor parte do jogo está nos momentos de plataforma, nos pulos à la "le parkour" e os puzzles. Esses são poucos mas satisfatórios momentos.
Outra coisa interessante é a dublagem em português de Portugal. Hilária em alguns momentos e incompreensível em outros, me fez optar pelo áudio em inglês e a legenda em portugês. Os efeitos sonoros irão explorar o seu home theater ao máximo, com tiros para todos os cantos e uma trilha sonora arrebatadora. Pode ter certeza, a música tema ficará na sua cabeça por alguns dias. Fosse o jogo um pouco mais difícil, provavelmente eu sairia mais satisfeito com a experiência. O chefe final e os desfaios principais do jogo não testam o jogador mais hardcore, porém nada que estrague a jornada.
Uncharted: Drakes Fortune é um dos melhores jogos lançados para essa geração. O conjunto da obra faz ele se tornar um jogo essencial para qum tem um PS3. Eu comprei o meu há alguns meses e junto dele veio Drakes Fortune e U2:Among Thieves. Estou satisfeito. Não tenha dúvida ao comprar. Amanhã eu falo sobre o dois.
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