quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Torço porque sou feliz




Ontem meu time venceu. Nos últimos dias, coisa comum. Ainda bem, mas isso pouco importa. Havia um tempo que eu não me sentia tão feliz com uma simples vitória. Nada de rivais, goleada ou atuação de gala. Nada disso. Apenas uma vitória. Uma alegria simples e genuína de quem ama um time. Um clube. Um esporte.

Há explicação plausível para tal atitude? Peguei-me a pensar nisso durante boa parte da noite e descobri que não. Não há porquê ter. Paixão não se explica. Isso mesmo, paixão. E digo com todos sentidos abstratos e concretos embutidos. Ao ver de longe, não aceitamos que alguém possa torcer por um símbolo ostentado por onze pessoas dentro de um gramado, a correr atrás de uma bola.

Mas ao torcer, vibrar e o melhor, sentir a felicidade pura e inocente de estar contente por apenas ter visto o seu time jogar; por um breve momento, aquele que comemora efusivamente um gol, sabes que ali sim, está uma atitude sincera. Vinda de uma paixão inexplicável e saudável.

Torcer é sentir-se parte de algo que é teu e nunca vão te tirar. É ter na certeza da quarta e domingo, sentar e assistir. Sofrer, gritar, xingar e chorar. Não é realmente feliz o torcedor que nunca chorou por uma perda ou conquista. Assim como ninguém que nunca chorou por um amor perdido ou declaração. Futebol é feito de paixão, de amor e entusiasmo.

Ontem me senti feliz por ter um time. Seja ele primeiro ou último. O tenho no meu coração com a certeza de que nunca o deixarei, nem ele a mim. Passamos por alegrias e tristezas, e muitas outras virão. Eu ao lado dele, ele ao meu lado.

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