
Há explicação plausível para tal atitude? Peguei-me a pensar nisso durante boa parte da noite e descobri que não. Não há porquê ter. Paixão não se explica. Isso mesmo, paixão. E digo com todos sentidos abstratos e concretos embutidos. Ao ver de longe, não aceitamos que alguém possa torcer por um símbolo ostentado por onze pessoas dentro de um gramado, a correr atrás de uma bola.
Mas ao torcer, vibrar e o melhor, sentir a felicidade pura e inocente de estar contente por apenas ter visto o seu time jogar; por um breve momento, aquele que comemora efusivamente um gol, sabes que ali sim, está uma atitude sincera. Vinda de uma paixão inexplicável e saudável.
Torcer é sentir-se parte de algo que é teu e nunca vão te tirar. É ter na certeza da quarta e domingo, sentar e assistir. Sofrer, gritar, xingar e chorar. Não é realmente feliz o torcedor que nunca chorou por uma perda ou conquista. Assim como ninguém que nunca chorou por um amor perdido ou declaração. Futebol é feito de paixão, de amor e entusiasmo.
Ontem me senti feliz por ter um time. Seja ele primeiro ou último. O tenho no meu coração com a certeza de que nunca o deixarei, nem ele a mim. Passamos por alegrias e tristezas, e muitas outras virão. Eu ao lado dele, ele ao meu lado.
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