quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

This is It - Os últimos passos de um mito


Eu disse que o próximo texto ia ser sobre Avatar, mas depois de rever o documentário sobre os últimos shows de Michael Jackson não resisti. MJ é meu ídolo musical. Diria até que um ídolo em todos os sentidos de mídia. Um gênio, único, imortal e inatingível. No dia em que ele morreu não pude acreditar na notícia. Eu estava fazendo compras num supermercado e meu irmão me ligou dizendo, aparovado: "Thiago, o Michael teve um ataque cardíaco, parece que ele morreu". Não tive a menos dúvida de que ele estava de brincadeira e retruquei: "Fala logo Victor, o que você quer?". Ele insistia e para confirmar a informação e me fazer de uma vez por todas acreditar na tragédia, passou o telefone para meu tio que com uma voz incrédula dizia: "É verdade cara, estão dizendo que ele morreu". "É simplesmente impossível Michael morrer, não existe essa possibilidade", pensava comigo. Ao chegar em casa liguei na Globo News e de lá não tirei até a confirmação da morte do maior astro de todos os tempos. Uma angústia tomava conta de mim e naquele momento descobri como é perder um ídolo. Um homem que mudou a história da humanindade e que me acompanhava em músicas todos os dias. Não é exagero, todos os dias escuto alguma música de MJ.


A morte, como todos sabem, aconteceu dias antes da volta de Michael aos palcos. o espetáculo This is It prometia devolver os holofotes e o reconhecimento ao Rei do Pop. Tudo estava pronto e foi filmado para um futuro making of. Esse material foi transformado no documentário "Michael Jackson's This is It". O diretor do filme e do espetáculo, Kenny Ortega, dizia que era um filme dedicado aos fãs de MJ. E assim foi. A compilação dos bastidores de todas as músicas que iriam tocar no show estão lá. Do jeito que todo fã sonhava. E melhor que isso, Michael parecia em plena forma. Um artista completo, com dominio pleno de seu trabalho. Esse era o Michael que poucos conheciam. A voz angelical, os passos delirantes e a meiguice peculiar estavam todas ali na tela. Visivelmente magro e com extremo cuidado com a saúde, MJ parecia decidido a voltar a ser o que era. E com o show que estava preparando não seria surpresa se voltasse.

A lista de músicas compostas somente por clássicos empolga até o mais cético com a figura de Jackson. Uma nova roupagem para Thriller, um número fabuloso para Smooth Criminal, a beleza e sensualidade de The Way You Make Me Feel e a batida inconfundível de Billie Jean, mostram o motivo de Michael Jackson ser único. Era visível a fragilidade física de Michael. O cuidado que Kenny Ortega tem ao lidar com momentos mais tensos, como a suspensão na garra mecância de Beat It. Legal também ver a batalha de vozes em I Just Can't Stop Loving You e constatar a limpeza na voz do astro. Mas o ápice é a performance em Billie Jean. Os dançarinos e toda a equipe de produção ficam extase. Não é pra menos, é o maior momento do pop mundial. No cinema em que eu assisti existiam pessoas de todas as idades. Crianças de 8 anos e senhoras e senhores com 60 ou 70. Todas as músicas foram ovacionadas e no momento de Billie Jean, duas crianças foram para o meio da sala e começaram a dançar. Provavelmente aqueles meninos não sabiam o significado que MJ teve para o mundo da música, nem mesmo devem conhecer a hisória de transformação que Michael teve. Mas a música, especialmente a de Michael Jackson, é universal. Esse foi um dia para eu nunca mais esquecer e poder contar para meus filhos.



Bom saber também que mesmo esquecido, julgado e marginalizado por quem o transformou no mito que é, Michael continuava um gênio e pronto para mostrar ao mundo que ninguém irá se iguala-lo. Poucos são os artistas que controlam o talento e o espetáculo do jeito que Jackson fazia. O que esse documentário mostra é pouco para os fãs. Mas pode ajudar a alguns a entender a genialidade do maior entreteiner de todos os tempos. Vida longa ao rei.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Algumas idas aos cinemas

Tirei férias do trabalho, da faculdade e até da namorada, forçada essa última diga-se de passagem. Ela viajou pros EUA e eu aqui, sem trabalho, sem estudos com um merecido descanso, não consigo parar de escrever. Aproveitei também para ir ao cinema. Assisti bons filmes e um deles a grande sensação do ano: Avatar. Agora vou somente comentar alguns que lembro recentemente e preparar um texto para o filme do Cameron. O próximo post é sobre o mundo de Pandora, sem falta. Por enquanto vai isso aí.

Atividade Paranormal (Paranormal Activity): Ao lado de Avatar acredito que esses foram os filmes do fim de ano. Pelo menos no quesito marketing. O filme de apenas 15 mil dólares alcançou o patamar de projeto mais lucrativo da história do cinema ao alcançar um lucro de mais de 700%. Na ficção disfarçada de documentário um casal compra uma câmera para registrar coisas esquisitas que vem acontecendo. Mais de uma hora de filme e não conseguia entender qual o motivo pra tanto medo. Todo o terror da fita estava no subconsciente do espectador, mas havia muito pouco para assustar alguém. Nos últimos 20 minutos de projeção aí sim, ali víamos o terror tão alardeado nos cartazes e campanha de marketing. No fim das contas descobri que o final que foi aos cinemas não é o original e sim o modificado por Spielberg, Paramount e companhia. Quando assisti ao final original agradeci pela modificação. Saí meio decepcionado pelo filme em si, mas empolgado pelos momentos finais. Obviamente que é um trabalho único e merece todas as honrarias por ter sido feito com tão pouco dinheiro. Mas cinema é cinema e o que importa é a qualidade e entretenimento. Não me empolguei o quanto esperava mas valeu pela experiência. Desafio a qualquer um que consiga assistir ao filme sozinho pode até ter um colega), em casa, de noite e não demonstre o menor sinal de medo. Entre no clima e durma com as luzes acesas e portas fechadas.


The Invention of Lying: Ainda não conheço o título deste filme em português, por isso não coloquei. Aliás, esse eu nem vi no cinema. Conheci este filme por um ótimo trailer e a idéia que me chamou atenção. Num mundo onde todos falam a verdade, um homem descobre que consegue mentir. A partir daí sua vida muda completamente. Não vou contar nada mais para não estragar. O elenco é todo conhecido e competente. Diálogos ásperos e situaçoes constrangedoras permeiam a trama que arranca risos pela sinceridade natural do ser humano. Legal é imaginar se todo mundo falasse o que pensa, o que seria de nós. E melhor ainda, mentir vale a pena? O filme deixa isso para sua interpretação e mostra diversos lados da questão. Se tivesse explorado mais esse lado da discussão, provavelmente iria ser mais interessante, mas o romance toma conta. Não é ruim, mas um desperdício. Destaque para Ricky Gervais, o protagonista, excelente ator. Não é uma comédia escrachada, muito menos um besteirol. É uma típica comédia britânica recheada de humor negro. Faz meu estilo.

Bayonetta - Bruxaria, dança, erotismo e pancadaria


Como havia dito no post passado, estava ansioso para jogar o novo game da Sega, Bayonetta. Primeiro por que faz meu estilo de jogo e segundo pelos ótimos reviews que recebeu. A renomada porém maluca, Famitsu e a conceituada mas antiquada Edge, deram notas máximas ao jogo. Nada melhor que isso para aumentar minha expectativa. Para quem não quer ler o review inteiro digo logo: é um ótimo jogo, mas não merece nota 10.

Você jogará na pele da heroína mais sexy e provocativa que um jogo de videogames já possuiu, a bruxa Bayonetta. Com um belíssimo corpo e uma língua afiada, Bayonneta encanta desde o primeiro momento em que aparece na tela. Nenhum esforço foi medido para criar uma personagem carismática e digitalmente impecável, capaz de tornar a bruxa um dos modelos mais perfeitos já criados na história dos videogames. Se a Platinum Games acertou na composição física, errou na história. E aí eu digo não só da personagem mas de todo o jogo. Nos primeiros capítulos é dificil entender o que exatamente Bayonetta está procurando e qual o proposito de toda aquela matança. Nos últimos episódios da história sim, conseguimos entender sua motivação e o enredo daquele mundo fantástico. Basicamente é uma luta entre luz e escuridão em que Bayonetta está no meio sem saber o por quê. Aí reside o maior defeito do jogo, uma história confusa e que não envolve o jogador do jeito que um clássico (como o jogo está sendo tratado) deveria. Junto com isso vem as cutscenes em forma de fotos e diálogos. Uma escolha incorreta, mas que deve ser justificada pelo baixo orçamento que o jogo teve. Mas isso, acredite, é o de menos, Bayonetta é ação de ótima qualidade.

Desde Ninja Gaiden 2 não vejo um combate tão frenético. A beleza na rapidez dos golpes e as acrobacias de Bayonetta combinam perfeitamente com o estilo de luta do jogo. Cada combo da bruxa é um espetáculo a parte. Os mais fortes imitam a garra de Nero em Devil May Cry 4 e ao desviar de um ataque iminente o tempo pára possibilitando golpes mais fortes. São muitos inimigos na tela (muito bem desenhados, diga-se de passagem) e cada um com um jeito de diferente de lutar. Para derrotá-los Bayonetta conta com a ajuda de um mercador do inferno que a fornece armas especiais. Uma mais interessante que a outra, apesar dos combos não mudarem drasticamente. Um comentário especial para os golpes de tortura. Um deleite masoquista para os olhos.

E falando em inimigos, os chefes são o grande atrativo do jogo. Um mais gigante que o outro. A beleza da construção de cada inimigo vem da facilidade que o enredo trás por tratar de criaturas divinas e mitológicas. A dificuldade em matar alguns desses chefes trás aquela satisfação que só os videogames proporcionam. Dentro deste trunfo do jogo está outro defeito. A repetição exagerada dos chefes. Como em boa parte dos jogos desse gênero, a ultima fase é uma mera aglomeração de inimigos anteriores. Um fato que poderia ter sido evitado tendo em vista a quantidade excelente de inimigos que passaram pelas nossas mãos até chegar nas últimas missões.

No mais não posso negar que me diverti e suei bastante para finalizar o jogo. Há tempos não via um sistema de combate tão estiloso, intuitivo e frenético como este aqui. Como disse no início, não é um clássico. Bayonetta é o tipo de jogo que nos faz agradecer a existência de videogames e ao terminar-lo nos proporciona uma satisfação única. A mistura de elementos de outros jogos como a rapidez de Ninja Gaiden, estilo de Devil May Cry e a noção de espaço e gravidade de Mario Galaxy, Bayonneta abre bem o ano de 2010. Se gosta de ação, não é muito exigente com roteiros e quer um pouco de sensualidade na jogatina, vá sem erro. Bayonetta é o seu jogo.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A hora dos games

Da mesma maneira que eu faço com os filmes irei fazer com os jogos de videogame. Sou tão fã de games quanto de cinema, então posso dizer que o nível crítico em ambas as áreas são bem semelhantes. Para saber um pouco sobre meu estilo de jogo é só conhecer o jogo que mudou minha vida: The Legend of Zelda - Ocarina of Time. Não tenho palavras para descrever o que esse jogo fez comigo quando tinha 10 anos. Ao conhecer o mundo de Hyrule, conheci os videogames. Desde então acompanho a indústria de perto e sempre acompanhando as notícias. Qualquer dia desses pode ter certeza que irei fazer um texto sobre Zelda e toda a influência que a obra tem sobre minha vida. Agora é a hora desses games:


GTA 4 - The Balad of Gay Tony: Um dos primeiros jogos que tive o prazer de jogar nesta geração de consoles foi GTA 4. Simplesmente fantástico. Personagens perfeitamente construídos, jogabilidade sólida, roteiro envolvente e uma imensa cidade para explorar. Niko Bellic virou meu colega durante alguns dias. Todo jogo que conseguir atingir a imersão e envolvimento com o jogador como fez GTA pode se sentir realizado. Uma obra de arte. Esta expansão, eu diria que é um adendo radical ao jogo da Rockstar. Tem missões mais fáceis porém mais grandiosas do que as de Niko e introduz novos personagens, armas e veículos em Liberty City. Não há o que dizer. Jogue agora.


James Cameron's Avatar: Vou ser muito sincero. Não joguei esse até o final. Não consegui. Ô joguinho modorrento! Juro que tentei. Até me esforcei para estar mais por dentro do mundo de Pandora ao assistir o novo filme de James Cameron (que ainda receberá um texto exclusivo aqui no blog), mas não tem como. Os controles até que são normais e o gráfico aceitável, mas sem história alguma e missões repetitivas não dá. Acertaram nos ambientes que ficaram a cara do planeta do filme, mas só isso. Se assistiu ao filme e se empolgou vai lá e joga. Eu já assisti, gostei mas não me empolguei pra pegar o controle novamente.


Por enquanto só esses dois mesmo. Mais pra frente comento o restante. Nesse momento estou jogando Bayonneta e me admirando com a beleza do jogo. Certamente valerá a pena um texto exclusivo aqui, até por que ganhou 10 da revista especializada Edge, algo que me espantou e fez querer jogar ainda mais. Acho amanhã acabo o jogo e escrevo aqui. Até lá!

Mais filmes

Continuando a seção de mini resenhas de ontem...


Julie e Julia (Julie and Julia): Outro queridinho da crítica especializada. Boa parte dessa empolgação vem pela presença de Meryl Streep, o que é sinônimo de ótima atuação. É um filme baseado na vida de duas escritoras e mistura épocas diferentes ligadas por uma mesma paixão: a culinária. Vale a pena conferir. É leve, divertido e para quem gosta de cozinhar, um deleite.


Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and The Half Blood Prince): Gosto muito dos livros então sou meio suspeito para comentar. Para mim trata-se do melhor filme da série. Dramático, sombrio, violento e misterioso. A trama gira em torno da origem de Lord Voldemort, o grande vilão do mundo dos bruxos. O elenco de apoio continua sendo o principal trunfo do filme e a direção parece ter se consolidado. Seja você um fã ou não, com certeza vale a conferida. Seria bom assistir aos cinco anteriores se for possível.


O Sequestro do Metro (The Taking of the Pelham 123): Mais um filme de policial com Denzel Washington. Dessa vez ele é o herói, como em 98% das vezes, e Jonh Travolta é o sequestrador. Trama batida, mas para quem gosta de filme de ação com o toque inconfundível (não necessariamente bom) de Tony Scott dá pra arriscar umas horinhas de seu dia. Só para lembrar: não consigo lembrar de Denzel Washington em outros tipos de papel que não sejam parecidos com esse que ele interpreta aqui. Gosto do ator, mas é complicado só fazer um tipo de personagem né?


Bruno (Bruno): Novo filme de Sacha Baron Cohen, o comediante responsável por Borat. O filme segue o mesmo estilo do anterior mas eleva a escatologia a níveis estratosféricos. Bruno é um estilista austríaco que vai tentar a fama nos EUA. Apesar de cenas apelativas e outras tantas piadas sem graça, o filme vale pelo talento de Cohen e o cinismo embutido nas falas e cenas do documentário/filme. Aviso: tire as crianças da sala antes de começar a assistir.



domingo, 27 de dezembro de 2009

Filmes, games e o mundo torrent

Entrei a pouco tempo no mundo "torrent". Nunca fui muito de fazer downloads pelo internet, até por uma certa preguiça de aprender e por ter uma internet fraca. De um tempo pra cá as coisas mudaram e tenho uma boa internet (10 mega) e aprendi o tutoriais necessarios. Nao é lá muito bonito dizer isso aqui mas vá lá, é o meu blog.

Durante alguns dias vou citar pequenos comentarios sobre alguns filmes e os que forem dignos de resenhas mais criticas terão um espaço especial. O mesmo com os games. Quem quiser ler é bom pra saber se vale o download ou não. Por hora vão esses aí:



Tá Rindo de Quê? (Funny People): Filme de Judd Apatow. Pra quem não conhece é o cara por trás das novas comédias de Hollywood; Superbad, Ligeiramente Grávidos, Te Amo, Cara e outros. Eu gostei bastante desses filmes. Situações inusitadas e corriqueiras sao tratadas da forma mais comica possivel e com diálogos impagaveis. Pois é, nada disso acontece em Funny People. O protagonista é Adam Sandler, que interpreta um comediante famoso que está a beria da morte. A partir dai ele faz uma amizade com um comediante iniciante (o ótimo Seth Rogen) e revê os valores da vida. Pouquíssimas cenas me arrancaram o mínimo sorriso ou a simpatia dos personagens. São quase 2 horas e trinta de filme que te cansam. Passo.


Se Beber Não Case (The Hangover): Mais um filme da nova safra de comédia do cinema americano. E mais uma aposta certa. Quatro amigos vão a Las Vegas fazer a despedida de solteiro de um deles. A partir daí coisas inimagináveis acontecem. Uma das melhores surpresas do ano. Ótimos atores, situações pitorescas e um filme para ficar na lembrança dos amigos de farra. Não deixe de assistir.


O Mistério das Duas Irmãs (The Uninvited): Mais uma refilmagem americana de um filme de terror japonês. Mediano, trama interessante mas uma direção bem clichê. Se gostar muito do genero talvez valha a pena. Aqui fica a seu critério. Eu achei bem meia boca.


Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds): O novo e aclamado filme de Quentin Tarantino. Só por isso já vale. Não achei as mil maravilhas que a maioria dos críticos acharam, porém é um filme muito bom. A primeira cena em particular é eletrizante. Menção honrosa para Christhopher Waltz, o coronel Landa. Uma atuação arrebatadora, soberba. O filme não possui uma narrativa dinâmica, mas envolve o espectador na maior parte de seus 4 ou 5 capitulos. A violência e os diálogos marcantes estão lá. Tarantino continua em forma. Ótimo filme.


Amanhã posto mais alguns...

O começo mais uma vez...

Hoje começar a escrever aqui sobre tudo que der vontade. O que deve implicar em muito cinema, videogame, futebol, cultura, alguma politica, jornalismo e futilidades. Enfim, um blog meu mesmo, pra falar do dia a dia. Normalmente nao vou ter muito tempo para escrever sobre tudo, mas como estou de ferias, morrendo de saudade da minha namorada e não consigo ficar muito tempo sem escrever volto a blogar. Espero que dessa vez permanentemente.