quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Bayonetta - Bruxaria, dança, erotismo e pancadaria


Como havia dito no post passado, estava ansioso para jogar o novo game da Sega, Bayonetta. Primeiro por que faz meu estilo de jogo e segundo pelos ótimos reviews que recebeu. A renomada porém maluca, Famitsu e a conceituada mas antiquada Edge, deram notas máximas ao jogo. Nada melhor que isso para aumentar minha expectativa. Para quem não quer ler o review inteiro digo logo: é um ótimo jogo, mas não merece nota 10.

Você jogará na pele da heroína mais sexy e provocativa que um jogo de videogames já possuiu, a bruxa Bayonetta. Com um belíssimo corpo e uma língua afiada, Bayonneta encanta desde o primeiro momento em que aparece na tela. Nenhum esforço foi medido para criar uma personagem carismática e digitalmente impecável, capaz de tornar a bruxa um dos modelos mais perfeitos já criados na história dos videogames. Se a Platinum Games acertou na composição física, errou na história. E aí eu digo não só da personagem mas de todo o jogo. Nos primeiros capítulos é dificil entender o que exatamente Bayonetta está procurando e qual o proposito de toda aquela matança. Nos últimos episódios da história sim, conseguimos entender sua motivação e o enredo daquele mundo fantástico. Basicamente é uma luta entre luz e escuridão em que Bayonetta está no meio sem saber o por quê. Aí reside o maior defeito do jogo, uma história confusa e que não envolve o jogador do jeito que um clássico (como o jogo está sendo tratado) deveria. Junto com isso vem as cutscenes em forma de fotos e diálogos. Uma escolha incorreta, mas que deve ser justificada pelo baixo orçamento que o jogo teve. Mas isso, acredite, é o de menos, Bayonetta é ação de ótima qualidade.

Desde Ninja Gaiden 2 não vejo um combate tão frenético. A beleza na rapidez dos golpes e as acrobacias de Bayonetta combinam perfeitamente com o estilo de luta do jogo. Cada combo da bruxa é um espetáculo a parte. Os mais fortes imitam a garra de Nero em Devil May Cry 4 e ao desviar de um ataque iminente o tempo pára possibilitando golpes mais fortes. São muitos inimigos na tela (muito bem desenhados, diga-se de passagem) e cada um com um jeito de diferente de lutar. Para derrotá-los Bayonetta conta com a ajuda de um mercador do inferno que a fornece armas especiais. Uma mais interessante que a outra, apesar dos combos não mudarem drasticamente. Um comentário especial para os golpes de tortura. Um deleite masoquista para os olhos.

E falando em inimigos, os chefes são o grande atrativo do jogo. Um mais gigante que o outro. A beleza da construção de cada inimigo vem da facilidade que o enredo trás por tratar de criaturas divinas e mitológicas. A dificuldade em matar alguns desses chefes trás aquela satisfação que só os videogames proporcionam. Dentro deste trunfo do jogo está outro defeito. A repetição exagerada dos chefes. Como em boa parte dos jogos desse gênero, a ultima fase é uma mera aglomeração de inimigos anteriores. Um fato que poderia ter sido evitado tendo em vista a quantidade excelente de inimigos que passaram pelas nossas mãos até chegar nas últimas missões.

No mais não posso negar que me diverti e suei bastante para finalizar o jogo. Há tempos não via um sistema de combate tão estiloso, intuitivo e frenético como este aqui. Como disse no início, não é um clássico. Bayonetta é o tipo de jogo que nos faz agradecer a existência de videogames e ao terminar-lo nos proporciona uma satisfação única. A mistura de elementos de outros jogos como a rapidez de Ninja Gaiden, estilo de Devil May Cry e a noção de espaço e gravidade de Mario Galaxy, Bayonneta abre bem o ano de 2010. Se gosta de ação, não é muito exigente com roteiros e quer um pouco de sensualidade na jogatina, vá sem erro. Bayonetta é o seu jogo.



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