Quando comprei meu PS3 sabia que teria poucos jogos. Além de dar preferência ao Xbox, os jogos da Sony estavam mais caros e eram poucos os exclusivos que valiam a pena. A decisão final de comprar o Playstation foi o lançamento de Uncharted 2. Lógico que conciliei a idéia de ter um Blu-Ray, jogatina online de graça e os futuros lançamentos, mas nada que me empolgasse muito. Nem mesmo o grande jogo da Sony, God of War 3, me deixava ansioso pelo lançamento. Os trailers, vídeos e cenas do jogo não me tiravam o sono. Mas semana passada as coisas mudaram. Para começar lançaram um trailer impressionante. Pela primeira vez, desde o teaser de anúncio do terceiro capitulo da saga de Kratos, eu fiquei de boca aberta. Ali sim estava estampado toda ação, sanguinolência e o ritmo frenético prometido. Dali em diante eu comecei a me empolgar.

Eis então que surge um filme que me chamou atenção. Na sexta feira retrasada, Percy Jackson e o Ladrão de Raios estreou no Brasil. O misto de Harry Potter com Hércules tinha a receita perfeita para me atrair. Mescalava mitologia grega, literatura juvenil, fantasia, filme pipoca e aventura. Não tem como dar muito errado - Aliás, tem sim. Quem assistiu Eragon sabe do que estou falando - Fui ao cinema e no começo do filme tudo estava me agradando, principalmente o protagonista. Como a saga de JK Rowling não saía da minha cabeça nenhum segunda, era inevitável comparar Radcliff com Lehman. E acredite, como teria sido melhor ver Lehman na pele de Potter. No decorrer do filme, tudo foi aconteceu da maneira esperada e, falando como cinema, o filme é meia boca. O melhor de ter assistido Percy Jackson não foi a experiência cinematográfica, mas a lembrança e a esperança de Kratos. Ver a Medusa, Hidra, Hades, Zeus, Poseidon e toda a galera que habita o Olimpo, não tive como me conter. A todo segundo que Percy enfrentava algum inimigo ou viaja por algum canto da mitologia grega, eu via Kratos e suas lâminas cortando um a um. Além do enredo interessante, que mistura mitologia grega com o cenário atual, Percy é um aperitivo para aqueles que não aguentam esperar o dia 16 de março.
Até aí, meu hype sob God of War tinha aumentado consideravelmente. Desde o princípio eu iria comprar o jogo, agora eu conto os dias para ele chegar. Por incrível que pareça, ainda há espaço para mais ansiedade. Eis que começo a jogar Dante's Inferno (mais tarde farei uma análise). A história por si só é fascinante. Toda a idéia envolta no jogo é digna de nota. Uma pena que a execução de tudo isso não tenha chegado ao patamar das idéias que originaram o projeto. Mas longe de ser um jogo ruim, Dante's, para mim, foi diversão garantida. Os gráficos são tecnicamente pobres, mas de um design artístico perturbador. Os círculos do inferno e todo o ambiente construído pela Visceral Games me deixaram incomodado durante boa parte da jornada. Quem se incomodaria em ver padres corruptos e pecadores? Lúcifer acariciando a mulher de Dante? Ou simplesmente participar de uma saga tão dolorosa quanto a de Dante? Por mais que tenha tentado copiar God of War, a Visceral tem todos os méritos na parte artística do jogo e merece aplausos pelo ambiente criado. Mesmo sendo divertido, Dante's me pareceu incompleto. Faltava alguma coisa para a experiência ser plena. E então Kratos novamente aparece na minha cabeça. As sequências cinematográficas, os detestáveis QTE's, os especiais, as escaladas, tudo isso acontece em diversos jogos. Antes mesmo de God of War. A grande sacada da Sony, assim como a de Percy Jackson, é aproveitar uma mitologia riquíssima para criar uma série maravilhosa.
E para completar a minha ascenção no hype do jogo, assisti a cenas e ao trailer da refilmagem de Duelo de Titãs. O clássico grego conta praticamente a mesma história de Percy Jackson. Perseu vai a guerra contra os deuses e passa pelos mesmos inimigos que o filho de Poseidon. O elenco é tão estrelado quanto o seu semelhante, tem Liam Neeson como Zeus, Sam Worthington como Perseu e Ralph Fiennes como Hades. A direção é de Louis Leterrier (o mesmo dos reboculosos Carga Explosiva) e ação e efeitos especias não vão faltar. Pelas primeiras cenas não há nada que chame tanto atenção, porém quando a ação começa, a música sobe e Zeus chama o Kraken, o bicho pega. Ver aquele monstro gigantesco lutando contra Perseu em cima de Pegasus é algo mágico. Fazê-lo com Kratos então, seria surreal. Clash of Titans, título em inglês, é God of War nas telas. Dificilmente terá a qualidade do game, mas espero me divertir muito quando o filme estrear no dia 2 de abril.
Faltam poucos dias para o lançamento e eu estou prestes a fazer minha pré-venda. Nenhum jogo nesse primeiro semestre terá a vendagem e a expectativa de God of War 3. E depois de assitir Percy Jackson, jogar Dante's Inferno e por último, assistir ao trailer de Clash of Titans, impossível não se empolgar. Que venha Kratos e junto, o caos.
Trailers: Dantes Inferno * Duelo de Titãs * Percy Jackson e o Ladrão de Raios * God of War 3
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