segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A primeira olhada em Heavy Rain...

Esse fim de semana joguei a demo de Heavy Rain. A primeira aparição do jogo da francesa Quantic Dream foi em 2006, com uma demonstração de um motor gráfico que iria ser usado no desenvolvimento do jogo. À época, todos ficaram fascinados com o realismo expresso no rosto da personagem em cena. David Cage, o líder do projeto, disse que estava a frente de um projeto que mudaria o rumo dos videogames e transformaria o conceito de narrativa e gráfico para a nova geração de console. Quase quatro anos depois somos apresentados a Heavy Rain. Um jogo que colocará o gamer na pele de quatro personagens diferentes, envolvidos num mistério sobre um serial killer. Ontem baixei a demo e lá vai um comentário sobre o que vi...

Você começa a demo no controle do detetive Scott Shelby. Além de controlar o andar o personagem, todos os movimentos interativos de Scott são acionados por Quick Time Events (QTE). Abrir e bater em portas, pegar o remédio de asma, ligar o carro, encostar na cadeira e outros inúmeros movimentos são possíveis por meio dos QTE's. Na pele do detetive, fazemos um interrogatório à uma mãe que acabou de perder o filho, assassinado pelo vilão do jogo (ou filme), o Origami Killer. As perguntas e respostas do detetive são escolhidas também com os QTE's. A não ser pela luta que acontece no fim da primeira cena, os controles são bem travados e nem um pouco empolgantes. Apesar de ficarmos tensos durante a briga, pois não tem como adivinhar qual botão vaio aparecer, é complicado se concentrar no que está acontecendo na tela ao mesmo tempo em que precisamos nos preocupar com os botões que vão aparecer. Isso é um problema dos QTE's, não só em Heavy Rain, mas como o jogo inteiro é baseado nesse sistema(e sem uma modificação significante) dificilmente veremos um jogo dinâmico.

A jogabilidade não impressiona. Os controles travados e a movimentação lenta, dificultam a imersão do jogador na trama. Mas para melhorar os gráficos, temos belos gráficos. Longe da revolução prometida. Vemos sim ótimos gráficos e eventualmente animações interessantes, mas nada que impressione alguém que já jogou Uncharted 2 ou Mass Effect 2. A sincronia labial e a dublagem seguem esse mesmo padrão, bons mas não chegam a excelência adquirida nesses dois jogos citados anteriormente. O diferencial do jogo, como prometido, é a ambientação. Desde a narrativa misteriosa, ângulos de câmeras cinematográficos e a composição de cenários detalhadíssimos faz o jogador se sentir dentro de um filme. Ainda não joguei o jogo inteiro, mas não fiquei muito contente com o que vi. Os gráficos são ótimos e a ambientação cumpre seu papel, mas não podemos esquecer que estamos jogando videogame, uma experiência baseada na combinaçao entre jogabilidade e experiência audiovisual. No primeiro qusito ainda falta muito para Heavy Rain convencer. Mesmo assim, o trailer no fim da demo me deixou a esperança de que teremos uma ótima história para ser contada. Agora só nos resta esperar o jogo para tirarmos maiores conclusões.

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